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22/07/2015

Pesquisa sugere que cigarro pode favorecer distúrbios psiquiátricos

Pesquisa sugere que cigarro pode favorecer distúrbios psiquiátricos

Hipótese é que exposição à nicotina aumenta a liberação de dopamina. Esse neurotransmissor em excesso no corpo pode provocar a esquizofrenia.

Conhecido por causar câncer e doenças cardiovasculares, o cigarro também poderia aumentar o risco de transtornos psiquiátricos graves, como a esquizofrenia. As informações fazem parte de um estudo publicado nesta sexta-feira (10) na revista "Lancet Psychiatry".
Uma "associação" estatística entre o fumo e as psicoses, em especial a esquizofrenia, foi descoberta em análises anteriores, lembram os investigadores europeus que assinam o trabalho.
Foi observado que as pessoas com transtornos psiquiátricos graves eram significativamente mais propensas a fumar, com taxas de tabagismo entre os psicóticos três vezes maior do que na população geral. Mas "as razões pelas quais as pessoas com psicose são mais propensas a fumar do que o resto da população permanecem obscuras", escreveram eles em seu artigo.
É a doença e/ou os tratamentos psiquiátricos usados para combatê-las que encorajam o tabagismo? Várias teorias nesse sentido têm sido propostas, em particular o fato de que o cigarro ajudaria a compensar os efeitos das drogas sobre a regulamentação da dopamina, um neurotransmissor associado ao mecanismo de recompensa.
Mas alguns pesquisadores se concentraram na ideia de que o próprio cigarro "poderia aumentar o risco da ocorrência destas doenças".
Este estudo procurou especificamente testar esta hipótese e determinar se a psicose é declarado mais cedo em fumantes do que entre os não-fumantes.
Resultado claro após análise
Deste trabalho de "meta-análise" epidemiológica (que consiste na análise de vários estudos realizados anteriormente, envolvendo um total de 14.555 fumantes e 273.162 não-fumantes), foi extraído um resultado bastante claro.
"O consumo diário está associado a um risco aumentado de psicose e ao início mais precoce dos transtornos psicóticos", escreveram os autores do artigo, Pedro Gurillo (hospital de Torrevieja, no leste da Espanha) e Sameer Jauhar (King's College de Londres).
No início da doença, os psicóticos são três vezes mais propensos a serem fumantes do que o resto da população. "Embora seja sempre difícil determinar a causalidade, nossos resultados mostram que o tabagismo deve ser seriamente considerado como um possível fator de risco no desenvolvimento de psicoses e não é considerado como uma simples consequência da doença", explicou James MacCabe (King's College), também autor do estudo.
Um "nexo de causalidade" ainda precisaria ser plenamente demonstrado, mas os pesquisadores apontam para uma possível explicação: a dopamina.
"É possível que a exposição à nicotina aumente a liberação de dopamina, o que resulta no desenvolvimento de psicoses", já que o excesso de dopamina no corpo é uma das hipóteses para explicar a esquizofrenia, afirmou Robin Murray, da King's College.
Este artigo e outro trabalho sueco publicado recentemente sobre tabagismo e esquizofrenia, "argumentam fortemente em favor de uma relação causal entre tabagismo e esquizofrenia", avaliou o psiquiatra Michael Owen (Universidade de Cardiff).
Mas para Michael Bloomfield (University College London), "ainda há muito trabalho a ser feito antes que os cientistas possam declarar com certeza que fumar realmente aumenta o risco de esquizofrenia".

24/02/2014

Parar de fumar faz bem para a saúde mental

Parar de fumar faz bem para a saúde mental

Revisão concluiu que abandonar o cigarro pode ter os mesmos efeitos de antidepressivos na redução de stress e ansiedade

Cigarro: Pessoas que param de fumar ficam menos estressadas e ansiosas, diz pesquisa
Cigarro: Pessoas que param de fumar ficam menos estressadas e ansiosas, diz pesquisa (Thinkstock)
Deixar de fumar é benéfico à saúde por uma série de motivos – entre eles, a redução do risco de doenças como o câncer e a melhora das funções cardíaca e respiratória. Agora, um novo estudo mostra que abandonar o cigarro também contribui para o bem-estar mental e têm um efeito semelhante ao dos antidepressivos utilizados para tratar ansiedade ou transtornos de humor.
A pesquisa, publicada nesta sexta-feira na revista British Medical Journal (BMJ), é uma revisão de outros 26 estudos sobre o tema. O trabalho foi feito por especialistas das universidades de Birmingham e de Nottingham, na Grã-Bretanha.
Os fumantes que participaram dos estudos revisados tinham, em média, 44 anos e fumavam de dez a quarenta cigarros por dia. Eles foram entrevistados antes de se comprometerem a tentar abandonar o cigarro e, entre seis semanas e seis meses depois, informavam se haviam conseguido.
Os pesquisadores observaram que aqueles que deixaram de fumar passaram a apresentar menos sentimentos relacionados à depressão e ansiedade, além de ter uma visão mais positiva da vida em comparação com quem não abandonou o cigarro. Segundo os pesquisadores, esse benefício ocorreu tanto em pessoas mentalmente saudáveis como entre participantes que tinham algum de transtorno psiquiátrico.
Gemma Taylor, pesquisadora da Universidade de Birmingham que coordenou o estudo, espera que esses resultados mostrem que são falsas ideias como as de que o cigarro tem qualidades antiestressantes ou relaxantes.
O fumante associa o cigarro a momentos de prazer, como a pausa no trabalho e a cerveja no bar com os amigos. Para quebrar esse padrão, a hora de fumar deve deixar de ser agradável. "A pessoa deve passar a fumar sozinha e, se possível, de maneira desconfortável, como em pé na área de serviço", sugere Jaqueline Issa, cardiologista diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração da USP (Incor). "Só assim ela vai realmente entender que é dependente, porque vai perceber que teve de levantar do sofá, onde estava sentada confortavelmente, para ir à área de serviço fumar."
Saiba mais, aqui.

17/02/2013

Capacete contra fumo e depressão: Criação

Cientistas israelenses criam capacete contra fumo e depressão


BBC Brasil
Cortesia de Brainsway


Dois cientistas israelenses desenvolveram um capacete que emite ondas magnéticas para o cérebro e que, segundo pesquisas, tem efeitos significativos no combate a transtornos como a depressão e o vício do fumo.

O capacete, desenvolvido pelo neurocientista Abraham Zangen e pelo físico Yiftach Roth, emite ondas magnéticas em alta frequência para regiões mais profundas no cérebro, que até hoje podiam ser acessadas só com intervenções cirúrgicas ou choques elétricos.

Por intermédio dos estímulos, eles obtiveram resultados positivos tanto em casos de pacientes que sofrem de depressão profunda como em pessoas que já tinham tentado parar de fumar por outros meios e não conseguiram.

Entretanto, de acordo com Roth, o sistema, denominado Estimulação Transcraniana Magnética Profunda (Deep TMS em inglês) pode ser eficaz no tratamento de um leque "muito amplo" de problemas, como o mal de Parkinson, distúrbio bipolar, mal de Alzheimer, autismo, distúrbio obsessivo-compulsivo, dependência de drogas e alcoolismo.

Diferentes capacetes


Mais de 3.000 pessoas, em Israel e no exterior, já participaram de experiências com o capacete, e recentemente a FDA - agência reguladora de medicamentos dos EUA - outorgou um certificado para utilização do sistema no combate à depressão.

A ideia de desenvolver o sistema surgiu em 2000. Abraham Zanger, chefe do laboratório de Neurociência da Universidade Ben Gurion, explicou à BBC Brasil que, para cada problema, é criado um capacete diferente, "adaptado para transmitir as ondas magnéticas às áreas relevantes do cérebro".

"No começo do tratamento houve alguns pacientes que se queixaram de leves dores de cabeça, mas com o tempo as dores passaram", disse.

O psiquiatra Hilik Lewkovitz, do hospital psiquiátrico Shalvata, no qual o sistema já está sendo usado, disse que "o número de pacientes que reagiram de maneira positiva a esse tratamento é significativo".

Ele chamou a tecnologia de "revolucionária", pois "não é invasiva e tem poucos efeitos colaterais e que apresenta resultados positivos no tratamento de vários distúrbios psiquiátricos".


Remissão completa


Uma pesquisa feita no hospital Beer Yakov concluiu que 32,6% tratados com as ondas magnéticas apresentaram uma remissão completa da depressão e outros 38,4% demonstraram melhora substancial.

De acordo com a bióloga Limor Klein Dinur, que dirigiu uma pesquisa com 115 participantes sobre os efeitos do sistema em fumantes, 44% delas pararam de fumar após o tratamento.

"Não houve danos às capacidades cognitivas dos participantes, e em alguns casos até observamos uma melhora cognitiva", disse a cientista à BBC Brasil.

De acordo com ela, 80% dos participantes que não pararam de fumar diminuíram o número de cigarros fumados em mais de 50%.


Reportagem completa, clique aqui.
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