Tradutor (incluindo Português)

Mostrando postagens com marcador Dependência de internet. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dependência de internet. Mostrar todas as postagens

30/04/2014

Mão ao alto


Mão ao alto

por Taísa Szabatura DE: SUPERINTERESSANTE

INDICADO PELA NOSSA PSICÓLOGA: Claudia Ferreira Gomes

Um cara jovem, bonito, conquistador, que namora a Scarlett Johansson, mas prefere ver pornografia online. Parece filme, e é: Como Não Perder Essa Mulher estreia em dezembro. Mas, Scarlett à parte, o enredo não está tão longe da realidade. Com a banda larga e bundas variadas a alguns cliques de distância, todo mundo já deu uma espiadinha. O problema é que muitos não querem fazer outra coisa. Cada vez mais gente abre mão de uma pessoa real para passar horas se masturbando na frente de uma tela.


O sexo solitário sempre teve sua graça - um estudo recente da Universidade de Cambridge concluiu que pornografia é tão viciante quanto drogas. Mas por que só agora aparecem os viciados? A resposta está na melhor ferramenta já criada na história da humanidade para estoque, distribuição e consumo de pornografia: a internet.



Até o advento da rede mundial de computadores, você precisava ir a uma banca de jornal para comprar uma revista de mulher pelada. Se havia certo constrangimento em tirar um filme pornô na locadora, imagine alugar vários. Hoje, você assiste no celular tudo que tinha na locadora - e muito, mas muito mais. Tara por animais, anões, amputações, fezes, palhaços. Na rede, os seus desejos mais íntimos encontram uma via de expressão. E ninguém precisa ficar sabendo.



DARWINISMO E ONANISMO



A biologia evolutiva explica por que alguns não conseguem trocar sites pornô por nada neste mundo. A masturbação surgiu para que o estoque de sêmen fosse renovado, e assim uma semente mais jovem e competitiva pudesse brigar com a de outros machos. A pornografia simula e acelera esse processo: seu cérebro acredita que, a cada novo vídeo, uma fêmea diferente está sendo fecundada. Essa é a razão pela qual os homens são maioria nesse mundo. É difícil ter uma estatística exata, mas estima-se que 70% do público dos sites adultos é masculino. As mulheres ficariam com os 30% restantes - um número que vem crescendo.



O curioso é que a masturbação não vem de um instinto animal, mas da imaginação humana. Sabemos disso graças a abnegadas como a antropóloga E.D. Starin, que passou cinco anos na Gâmbia observando macacos e registrou apenas cinco casos de masturbação com ejaculação. Detalhe: os machos estavam em contato visual com outras fêmeas, algumas delas copulando com outros machos - uma versão selvagem do Xvideos.



Ou seja, por mais que chimpanzés cocem a virilha no zoológico e constranjam visitas escolares, o homem ainda é o único animal que se masturba de forma consciente, para atingir o orgasmo. Jesse Bering, doutor em psicologia e autor do recém-lançado Devassos por Natureza: Provocações Sobre Sexo e a Condição Humana, contexto é fundamental. "Da próxima vez que você se sentir no clima, deite na cama, apague a luz, não pense em nada e não veja nada. Em seguida tente só com o toque atingir o clímax." Acredite, não é tão fácil. É a cognição humana que faz com que um adulto se masturbe a cada 72 horas - em média, com ampla e folclórica variação. O problema é quando a cognição vira compulsão.



CINCO SENTIDOS CONTRA UM



O estudo de Cambridge, citado no começo do texto, mostrou que o pornô vicia da mesma maneira que algumas substâncias, desregulando o cérebro. Quando um vídeo proporciona prazer, esse prazer leva você a buscar outro vídeo. Cada novo clique é um estímulo para o centro de recompensa, que se torna dependente dessa anestesia constante. "A pornografia, como o álcool e as drogas, enfraquece nossa capacidade de enfrentar certos tipos de sofrimento (...) ela reduz a nossa capacidade de tolerar nossos dois humores ambíguos e oscilantes: a preocupação e o tédio", escreve o filósofo Alain de Botton em Como Pensar Mais Sobre Sexo. Longas maratonas no PornTube podem ser uma fuga de problemas.



Outra coisa: chega uma hora em que os vídeos corriqueiros não são mais suficientes. Você não se excita mais vendo o papai-e-mamãe de sempre, nem o mamãe-e-mamãe ou papai-e-papai. Como nas drogas, você vai desenvolvendo uma tolerância e precisa de mais para se satisfazer. Logo, logo, o sujeito está indo atrás de coisas pesadas e ilegais, como cenas reais de estupro e pedofilia. E é aí que muitos decidem procurar ajuda.



Há algum tempo, já existem grupos de apoio para usuários compulsivos de pornografia, mas agora surgem na internet grandes fóruns para discutir o tema e buscar soluções - nem que seja encontrar disposição para ir ao supermercado ou ao banco. O maior portal sobre o tema se chama yourbrainonporn.com e lá você encontra de estudos científicos a depoimentos informais. Gary Wilson, o psiquiatra por trás da ideia, chegou a dar uma palestra no TED sobre os efeitos da pornografia no cérebro - cujo vídeo alcançou uma audiência digna de hit pornô, 2 milhões de acessos. "As pessoas estão começando a questionar se é isso que elas querem para as suas vidas. Muitas chegam à conclusão de que pornografia demais é um atraso", diz Wilson. O psiquiatra também atribui à pornografia mudanças de etiqueta ("nossas avós não faziam sexo oral e anal como se faz hoje") e estética: "Depilações radicais, cirurgias íntimas e clareamento dos genitais, antes restritos a atrizes pornô, passaram a fazer parte do cotidiano".



Mas o vício em pornografia pode estar trazendo problemas mais graves: disfunção erétil e dificuldade para ejacular têm complicado a vida de homens cada vez mais jovens. E há casos de quem não consegue, ou nem faz mais questão, de conhecer uma pessoa real ou sair de casa. Para a filósofa Márcia Tiburi, isso acontece porque é mais fácil se relacionar com um avatar: "Uma pessoa concreta me obriga a tomar posição, a reagir, a interagir. Uma imagem é só um objeto que se submete à manipulação".



JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS



Quer dizer que fizemos a Revolução Sexual para ir para casa fazer sexo com nós mesmos? O futuro é um quarto escuro iluminado pela tela de um tablet trepidante? Calma. Não há nada de errado com a masturbação, nem com pornografia, desde que elas não afetem a sua vida (ver teste ao lado).



Aliás, tirando quem realmente tem um problema sério, o que mais se observa é uma tentativa do "uso consciente" dos sites adultos. Sabe a tendência que já se espalhou de dar um tempo nas redes sociais? Pois é, muitos jovens têm chegado à conclusão que, assim como o uso exagerado do Facebook e Twitter, a pornografia está tirando um tempo precioso de suas vidas. Passar a noite de vídeo em vídeo pode ser prazeroso no curto prazo, mas vale a exaustão do dia seguinte? "Do modo como é hoje, a pornografia pede que deixemos para trás nossa ética, nosso senso estético e nossa inteligência", constata Alain de Botton. Vem daí aquela sensação de repugnância e derrota quando a euforia chega ao fim. Mas não precisa jogar o computador fora, abandonar tudo e ir morar numa montanha. Assim como com outras tentações, você precisa estar consciente do risco que corre e simplesmente apreciar com moderação. "Acho que essa reflexão acerca do nosso comportamento é mais enriquecedora que o resultado de qualquer estudo", diz Wilson.



O certo é que a pornografia nunca vai acabar. Ela é fundamental na vida sexual de quem menos se imagina. No livro Bunny Tales - Behind Closed Doors at the Playboy Mansion ("Contos da Coelhinha - Atrás de Portas Fechadas na Mansão da Playboy", sem edição brasileira), a modelo Izabella St. James conta como foi ser parte do harém do fundador da Playboy. Aos 78 anos, Hugh Hefner ainda realizava orgias todas as quartas e sextas. E, na hora de finalizar, dispensava as namoradas: gozava assistindo vídeos.

A internet é pornô
30% de tudo que circula na rede é pornografia

12 min é o tempo médio que uma pessoa passa num site de pornografia

Entre os usuários de sites pornô 70% são homens / 30% mulheres
O portal pornô Xvideos tem o triplo de acessos que o site da CNN    

Foto: gettyimages.com

SAIBA MAIS AQUI.

27/03/2014

O Transtorno do Vício em Internet

O Transtorno do Vício em Internet

vicio e internet
Por Breno Rosostolato*       

Vivemos a era da informática, das informações livres e da acessibilidade fácil e rápida a elas. As tecnologias se renovam, incessantemente, favorecendo e permitindo o contato das pessoas a todos os assuntos, a todos os lugares e a hora que quiserem. Esta é a internet, o mundo de possibilidades que se veio de fato para ficar e hoje o mundo não existiria sem ela. A internet é o sol no centro deste sistema globalizado que aquece a tudo e todos. Mas acontece que, como tudo nesta vida, a lei criacionista de “causa e efeito” sintetiza uma máxima: tudo que é demais enjoa. Enjoa, mas também adoece. 

Muitos problemas e dificuldades despontaram por conta do surgimento da internet. Problemas que nem ousarei enumerar, mas quando refletimos quais seriam eles, rapidamente identificamos. Admito que muitos já existiam e que a internet só acentuou sua gravidade. Me limitarei a um agravante que recebe pompas de transtorno, reconhecido pela Associação Americana de Psicólogos como uma dependência tão crônica quanto à de substâncias como álcool e cocaína, a Internet Addiction Disorder (Transtorno do Vício de Internet).

O problema afeta mais de 50 milhões de pessoas no mundo, segundo um recente estudo da Universidade La Salle, nos Estados Unidos. No Brasil, as pessoas que sofrem desta dependência chegam a 4,3 milhões. Estes números só tendem a crescer pela maior facilidade de acesso à web e pelo desenvolvimento de novas tecnologias. Acho oportuno mencionar que a nomofobia também é um transtorno relacionado a celulares, smartphones e tablets. Estes são os nomofóbicos. Pessoas que ficam angustiadas quando não podem usar o celular. A impossibilidade de se comunicar usando o celular é sufocante e angustiante. 

O transtorno é associado ao fato de falar a todo o momento com os outros ou por considerar o celular imprescindível para sua segurança, desperta também a necessidade de ficar conectado à internet.  Isso não só é uma realidade, que muitos buscam comprar aparelhos cada vez mais modernos que facilitem o acesso à internet. Os mercados de telefonia móvel, por sua vez, atentos a este movimento, lançam a cada ano modelos mais potentes, com novos recursos e aplicativos.

A preocupação se concentra nos jovens e nas crianças, sempre mais vulneráveis a este tipo de dependência, principalmente pelo surgimento cada vez maior dos jogos “online”. Este desprendimento ao mundo real é o perigo da dependência, que pode fazer com que a pessoa viva baseada na irrealidade. A internet proporciona um prazer imediato, uma satisfação rápida que leva a pessoa desejar repetir a sensação. 

Esta busca pelo prazer imediato é o propósito destes tempos contemporâneos, em que a sociedade é movida pelo prazer próprio e a satisfação de seus desejos. O mal-estar imposto pela realidade pode assim ser atenuada. Muitos não possuem a noção do preço pago para concretizar este desejo desenfreado. Negligenciam suas vidas em prol de uma sensação agradável, mas momentânea. O indivíduo vivencia uma série de experiências agradáveis que incluem desde a possibilidade de abstrair o tempo até um incrível sentimento de poder. Tudo isso a um toque na tecla ou no mouse e que rompe a frágil película do limite e acionando outras dimensões, a fantasia. A escravidão é o preço pago.

Outro ponto que contribui para o vício é a falsa ideia de que você pertence a um grupo. A possibilidade de interagir com todos ao mesmo tempo e até com pessoas de outros países fomenta a fantasia do ciberviciado. O anonimato é outro fator preponderante para que esta fantasia aumente. Se apresentar como quiser, subtraindo em parte ou totalmente o que não gosta em si mesmo, e assim, assumir a imagem que quiser, colocando as máscaras que achar conveniente e sustentar a história que for agradável à pessoa.

As consequências do Transtorno de Vício em Internet faz com que a pessoa aos poucos vá perdendo o interesse na vida e tudo se resuma ao uso da internet. O isolamento emocional e o contato interpessoal ficam prejudicados. A alienação é gradativa e a pessoa tende a ter dificuldades em interagir com o outro que não seja através da internet. Quem precisa usar a internet no trabalho, como instrumento para contatos e práticas profissionais não necessariamente possui a doença. 

O conflito é quando o sujeito começa a ficar inquieto, agitado e bastante incomodado em não ter condições de acessar a rede, o que causa muito sofrimento. Deixar de lado a responsabilidade do dia a dia para ficar conectado é um sintoma evidente da dependência. Carência, insegurança, vida solitária, dificuldade em lidar com frustrações, fobia social, baixa autoestima e depressão constituem o perfil de indivíduos mais propensos a desencadear o transtorno, pois encontra no mundo virtual amparo para o seus conflitos emocionais.

Existem alguns tratamentos que envolvem remédios e psicoterapia para diminuir o uso de internet. A proposta é fazer com que ela substitua a prática por coisas mais importantes na vida, modificando assim os valores do sujeito e aguçando o juízo crítico. Resgate o contato com o outro que não deve ser substituído pela máquina. Restituir as identificações sociais e uma maneira de reconstruir o afeto do sujeito, dando-lhe condições de se libertar desta dependência.

* Breno Rosostolato é psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina - FASM



Retirado de: CANALTECH.COM


VEJA MAIS AQUI.

18/05/2013

O que acontece quando você sai do Facebook?


O que acontece quando você sai do Facebook?


POR CAROLINA CUNHA 
Em São Paulo

Foi com um esfuziante “I’m back bitches!” que Davisson Alves cumprimentou seus amigos no Facebook. O paulista que ficou mais de quatro meses longe da rede social acabara de retornar.
- Me fale do rehab, pergunto a Davisson, num café da rua Augusta.
É noite de segunda-feira e ele parece relaxado. Durante toda a conversa não colocou o celular na mesa uma única vez.
- Tudo começou com a pergunta: o que você precisa para ser feliz?, responde, entre um gole e outro de água.
Aos 31 anos, a blusa xadrez, o tênis all star, a barba por fazer e os óculos de aros pretos dão um efeito hispter em sua aparência. Davisson é um profissional de comunicação digital, mas não pode se gabar das cifras que acompanham o setor. Ele trabalha numa ONG.
A dúvida metafísica [o que você precisa pra ser feliz?] que pipocou no seu Facebook era um convite para participar do projeto 100 Face, que buscava 100 voluntários para a experiência de 100 dias sem acesso à rede social. “Sem likes, sem shares, sem comentários, sem publicar fotos, sem enquetes, sem grupos, sem inbox pros amigos ou attend em festinhas. Ah, sem joguinhos, sem feed de sites, sem promos, sem concursos culturais. Totalmente 100FACE, você aguenta?”, dizia a mensagem para os voluntários.
Davisson tinha quase certeza que não. Toda vez que ligava o computador, no trabalho ou em casa, a primeira coisa que fazia era abrir o Facebook. Em segundos, ficava absorto pela vastidão da rede, clicando numa informação atrás da outra. Parabenizar o aniversário de amigo, compartilhar uma piada, curtir uma foto ou descobrir os segredos de seu alvo amoroso parecia mais importante do que qualquer outra coisa. Quando atualizava seu status, esperava com expectativa alguns comentários.
“Comecei a perceber que o uso da rede me deixava muito ansioso. Eu dava F5 o tempo todo. Era como se fosse uma droga. Em qualquer momento de ócio era para o Facebook que eu ia”.
Para Davisson, terminar o check-list de tarefas pessoais estava ficando impossível. A rede social alimentava o hábito da procrastinação, a mania de deixar tudo para depois. Ao final do dia, a sensação de nunca terminar nada o deixava frustrado. “Conclui que precisava aplicar este tempo de alguma outra forma na minha vida”.
Antes que o apocalipse chegasse, Davisson decidiu agir. O primeiro passo foi jogar na lixeira o aplicativo da rede social do celular 3G. Mark Zuckerberg, o mandachuva do Facebookestima que 23% do tempo dos usuários de smartphones são gastos na rede social. Para quem busca parar, o aplicativo sempre à palma da mão é semelhante ao fumante que tem como vizinho uma loja de conveniência 24 horas.
Países como China, Coreia do Sul e Taiwan já reconhecem o vício na internet e no Facebook como uma doença psicológica – de fato, nossa atenção coletiva desde 2000 já foi reduzida em 40%.
Mas agora Davisson tinha um motivo para sair do playground. E no dia 23 de setembro de 2012 avisou a todos que faria um facebookcídio temporário. Na verdade, tinha esperanças de nunca mais voltar.
100 Facebook

STATUS: OFFLINE

“O que vou fazer no computador sem acessar o Facebook?”.  No primeiro dia da experiência, Davisson sentiu uma sensação de perda. “A impressão é que você está procurando alguma coisa, mas você não sabe muito bem o que é”, lembra.
Ele procurou preencher o vazio fingindo a si mesmo que estava ocupado demais para navegar. Voltou a praticar antigos hobbies, como desenhar à mão, ver filmes, ler livros. Na mudança de hábito, o celular voltou a ser sua principal ferramenta de contato com o mundo exterior. No trabalho, a atenção melhorou, mas ele não se tornou exatamente um Gênio da Produtividade.
A vida social seguiu sem traumas. Apenas os amigos mais íntimos o convidavam para eventos e confraternizações. O que antes chegava no inbox do Face, agora vinha por e-mail. “Senti que apenas as pessoas mais próximas tiveram essa preocupação de me informar alguma coisa”, diz.
Alguns bate-papos ficaram até mais chatos e perigosos, com uma leve pitada de bullying. Em reuniões nos bares, era comum o assunto da mesa ser alguma polêmica ou o último meme que fez sucesso no Facebook. “Todo mundo me olhava com aquela cara meio de dó. ‘Ah… você não está no Face né?’ Eu me senti super excluído”.
Davisson até começou a dar conselhos sobre a rede. Certa vez, uma amiga desabafou com ele sobre a inveja que tinha das pessoas do Facebook. Todas pareciam muito felizes com seus casamentos e filhos perfeitos. O conselho de Davisson veio por experiência própria.
“Sabe quando você pensa assim: o que eu preciso fazer para ser igual a fulano? Eu já me fiz este questionamento. No Face, você vê pessoas indo nos melhores lugares, andando com as pessoas mais legais. Aí você pensa: gente, o quanto disso é real? Será que essa pessoa é tão autoconfiante assim? Será que ela é tão amável assim? Aí você reflete. Não. Ela é que nem eu e também tem seus dias bons e ruins”.
Ao final dos 100 dias, alguns participantes desistiram no meio do caminho, e a maioria voltou para o Facebook. Um usuário reclamou que o mais difícil foi passar a data de aniversário sem receber parabéns de alguns amigos.
No caso de Davisson, a volta pra o Facebook surgiu pela necessidade profissional. A decisão foi tomada depois de assistir a uma palestra sobre o mercado de trabalho criativo que indicava que a rede era o melhor local para contatos profissionais. Hoje ele acorda e acessa o Facebook uma única vez.

O CAMINHO DO MEIO

Sem a angústia de antes, Davisson consegue reavaliar sua relação com o Facebook. “Na realidade, eu acho que era uma forma de tentar me abstrair, como um divertimento, mas na realidade, só me causava ansiedade. Por mais que eu seguisse pessoas e marcas que eu achava interessantes, o que era postado ali era muito superficial”.
Para evitar a velha rotina, estabeleceu algumas regras, ou como ele diz, “fiz um acordo interno”. Não acessa a rede em feriados e finais de semana, exceto em alguma emergência. Durante a semana, limita seus acessos a uma vez por dia, seja no celular ou no computador. Se ele se preocupa em perder a piada do momento ou a notícia mais importante do dia? “Se for importante, ela vai se repetir na rede” ensina.
Agora que voltou, Davisson precisou se acostumar com as novidades. O maior susto foi quando viu a quantidade de publicidade exibida na timeline. “O Facebook virou um mercado, uma briga de venda de conteúdo”, analisa ele, que cita como incômodo o número de anúncios de aplicativos em sua timeline.
Apesar de tudo, ele passou a pensar melhor no que escrever na rede. “Foi bem produtivo este tempo fora. Sinto que consegui focar em coisas que queria. Hoje vejo que tem muita informação ali importante e que me interessa. Mas em contrapartida, a quantidade de informação irrelevante e sem sentido… Acho que é uma forma de prisão. É o estar por estar. É dar like por dar like. É o seguir por seguir”, diz ele, que menos ansioso, agora busca seguir o planejado: usar a rede de forma mais consciente.
E a tal felicidade? “Em vez de deixar a rede me dominar, eu que sou o usuário é quem tem que dizer o momento certo de usar, e não ao contrário. Não vou deixar você me dominar”.

03/05/2013

Facebook pode levar solitários a surtos psicóticos e delírios, diz estudo!


Facebook pode levar solitários a surtos psicóticos e delírios, diz estudo


Um estudo da Universidade de Tel Aviv, em Israel, aponta ligações entre surtos psicóticos e delírios em pacientes solitários causados por relacionamentos cultivados em redes sociais, como o Facebook.
Segundo o "Daily Mail", embora os pacientes estudados já apresentassem problemas de solidão, nenhum deles tinha histórico de psicose ou abuso de drogas, fatores que poderiam explicar os surtos. O estudo foi publicado no ''Israel Journal of Psychiatry''.
"Enquanto o acesso à internet se torna cada vez mais fácil, também cresce o número de psicopatologias registradas", alerta Uri Nitzan, pesquisador-chefe da Faculdade de Medicina da Universidade de Tel Aviv. De acordo com o cientista, comunicações via computador, como a do Facebook e grupos de chat, fazem parte desses relatos.
Alguns dos problemas causados pelas redes sociais apontados pelo estudo estão relacionados à distorção geográfica e espacial, ausência de sinais não-verbais, além da tendência de idealizar a pessoa com que estamos nos comunicando, tornando-nos íntimas sem nunca ter tido um encontro face a face.
São fatores que em conjunto podem contribuir para que a vítima perca a noção da realidade e desenvolva um estado psicótico, diz o pesquisador.
Casos
Três de seus pacientes, segundo Nitzan, buscaram refúgio de situações de solidão e encontraram consolo em relacionamentos virtuais intensos. Embora isso tenha sido positivo no início, os pacientes eventualmente foram levados a sentimentos como dor e tristeza com traições e invasão de privacidade.
Um dos pacientes, conta Nitzan, chegou a ter alucinações táteis, como se a pessoa do outro lado da tela a estivesse tocando fisicamente.
"Em cada um dos casos, uma conexão entre o desenvolvimento gradual e exacerbação de sintomas psicóticos, incluindo delírios, ansiedade, confusão e uso intensificado do computador", explica o médico.
Todos os pacientes, no entanto, conseguiram se recuperar após passarem por tratamento e cuidados especiais.

PARA VER ARTIGO DO UOL COMPLETO, CLIQUE AQUI.
Como é sua relação com facebook? Comente!


28/02/2013

Dependências comportamentais: Compras, Internet e Sexo!

Você tem alguma compulsão?
Teclar, comprar, transar. Esses três atos deliciosos nem sempre são tão inocentes quanto parecem. Em excesso, eles causam uma compulsão semelhante ao do álcool e das drogas. 
Descubra se você anda exagerando na dose


Lúcia Monteiro - Edição: MdeMulher


Foto: Getty Images
A iminência de arrematar uma roupa com 70% de desconto nos faz subitamente precisar de um blazer pink, uma bota um número menor e um jeans — o décimo sexto do armário. Se esses arroubos de consumismo a acometem somente de vez em quando, você é uma mulher normal. 

Mas, se você frequentemente gasta mais do que pode, não volta para casa sem uma sacola e afoga as mágoas no shopping, é candidata a um vício do século 21: compras. À semelhança do que ocorre com álcool e drogas, esse hábito causa dependência, mesmo sem ainda ter sido classificado como doença.

Navegar na internet e buscar sexo desmedidamente produz o mesmo efeito. “Enquanto as dependências químicas já foram reconhecidas, as não químicas encontram muito menos literatura, pesquisadores e grupos dedicados a estudá-las e tratá-las”, afirma Thais Gracie Maluf, psicóloga e psicoterapeuta da equipe do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Embora se trate de um fenômeno recente, essas novas dependências apresentam inúmeros efeitos nocivos. “A dificuldade de conter impulsos por sexo, compras ou internet gera um impacto sobretudo de ordem emocional”, diz Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da USP. Além disso, comportamentos compulsivos prejudicam o rendimento profissional, a vida familiar, o sono e as finanças. Saiba como manter esses males longe de você.


COMPULSÃO POR COMPRAS
Retirado do google.com.br
O comprar patológico tornou-se mais preocupante nos últimos anos, seja pela extensão do prejuízo financeiro que ocasiona, seja pelo número de compradores compulsivos. Uma pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas de São Paulo indicou que 3% dos brasileiros sofrem desse mal.

Para a psicóloga Mara Pusch, coordenadora do Projeto Afrodite da Unifesp, as principais vítimas são mulheres de temperamento forte, inquietas, perfeccionistas e inteligentes. “Embora ainda não seja uma patologia reconhecida pela medicina, o vício em compras está entre as dependências típicas do século 21. Suas causas são insatisfação, consumismo e necessidade de preencher a vida”, diz.

Como diagnosticar a dependência? Não há uma medida de compras que seja considerada problema. “O que caracteriza o transtorno é o modo como a pessoa se relaciona com o ato de comprar”, afirma Thais Gracie Maluf, do Proad, criado em 2004 para atender compradores patológicos. “Para compradores compulsivos, cada sacola adquirida gera uma sensação momentânea de bem-estar, um efeito da dopamina, neurotransmissor liberado no sistema límbico, que controla as emoções e o comportamento”, diz Tadeu Lemos, professor de psicofarmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina.


Sinais de dependência

1) A possibilidade de pagar com o cartão de crédito a faz comprar coisas que não levaria se tivesse que pagar à vista.

2) É fato: suas contas fecham sempre no vermelho.

3) Você mente sobre o que adquiriu ou esconde suas compras.

4) Depois da compra, ou quando a fatura do cartão chega, você se sente culpada, até por não usar o que foi arrematado.
5) Se passa um tempo sem adquirir nada, sente aquela coceirinha: fica irritada e com uma ideia fixa: comprar.


Como sair dessa

1) Saia de casa com o dinheiro mínimo necessário. Não leve talão de cheque (no máximo, uma folha) nem cartão de crédito ou de débito. Aliás, nem tenha cartão de crédito.

2) Faça mentalmente o caminho que irá percorrer. Assim, você evita desvios e passagens por lojas conhecidas.

3) Se estiver muito entusiasmada ou contente, evite passar por lojas. O mesmo vale quando estiver triste ou frustrada.

4) Procure um especialista www.proad.unifesp.br. Pode ser necessário recorrer a sessões de psicoterapia e medicação.
5) Assuma prestações de um carro ou um imóvel. Com uma parte importante do ordenado comprometida, você terá menos margem para gastar com supérfluos.


COMPULSÃO POR SEXO

Acredita-se que o mal atinja mais homens do que mulheres. Entre as pessoas em tratamento no Proad, 95% são do sexo masculino. “Mas é provável que haja uma demanda reprimida de mulheres que não procuram o tratamento por vergonha”, diz o psiquiatra Aderbal Vieira Jr., coordenador do Programa de Sexo Compulsivo da Unifesp. 

Afinal, enquanto um dependente do sexo masculino é visto como um garanhão, a do feminino, como galinha. A tendência, no entanto, é que a diferença caia à medida que essas questões socioculturais sejam superadas. Um exemplo é a participação das mulheres no consumo da pornografia. Há cinco anos, o canal de TV a cabo Sexy Hot detectou que um terço era do sexo feminino. 

A partir daí, investiu em programas para mulheres. Resultado: hoje 51% da audiência é formada por telespectadoras. “As mulheres estão mais liberadas sexualmente, escolhem os parceiros, se masturbam e pedem o que querem na cama”, diz Mara Pusch. O problema é quando ver filme pornô deixa de ser diversão e se torna necessidade. Do mesmo modo, a compulsão por sexo não é medida pela frequência do ato. “Há indicação de dependência quando existe sensação de perda de liberdade e o comportamento sexual acarreta prejuízo profissional, familiar ou emocional”, diz Aderbal Vieira Jr.


Para saber mais sobre este tema veja o nosso post sobre Dependência por sexo.

Sinais de dependência

1) Qualquer programa que não envolva pornografia ou sexo torna-se desinteressante para você.

2) Você não tem coragem de contar às amigas sobre seus sites preferidos ou sobre suas peripécias sexuais. O sentimento de vergonha é um sinal de alerta importante: indica que a barreira da diversão foi ultrapassada pelo vício.

3) Sua adrenalina quando você faz sexo com estranhos vai a milhão. E no dia seguinte tem o efeito rebote — deprê.

4) Você não consegue lembrar com quem nem com quantos transou no último mês.
5) A proporção de sitcoms a que você assiste é inversa à de filmes pornôs – com vitória larga da última categoria.


Como sair dessa

1) Se você consome pornografia na internet, instale um software que filtra sites adultos em seu computador.

2) Instale o computador na sala e passe menos tempo só. Combine atividades com amigas, família e namorado.

3) Procure um grupo que ofereça ajuda especializada, como o Dependentes de Amor e Sexo Anônimos ou o Amiti, ambos em São Paulo.

4) Recorra à psicoterapia. Nela, você entra em contato com a área de descontentamento. Pode ser necessário remédio.

COMPULSÃO POR TECLAR
Retirado do google.com.br
A ideia era só aceitar o colega que a adicionou no Facebook. Mas por que não ver o que o paquera escreveu no mural? E aproveitar para atualizar o perfil, conferir os álbuns de fotos... A conexão, que deveria durar uns minutos, avança pela noite. Que atire o primeiro mouse quem nunca passou por isso. Varar uma ou outra noite na web? Okay.

O problema é quando, no dia seguinte, numa reunião de trabalho, você fica ansiosa para recomeçar o ritual.

A dependência de internet é um fenômeno recente, de proporções cada vez mais alarmantes. “O problema está subestimado no Brasil, líder no tempo de conexão doméstica, com uma média de 22 horas mensais por pessoa”, diz Nabuco, que há dois anos coordena o Grupo de Dependência de Internet do Instituto de Psiquiatria da USP. Ele esperava uma procura majoritária jovem e masculina, mas a realidade é outra: participam das reuniões homens e mulheres, de adolescentes a idosos, sobretudo das classes A e B. Para Nabuco, muitas horas de conexão não são necessariamente algo negativo. Não se pode ignorar, por exemplo, o sem-número de casamentos resultantes de encontros online. “Tudo depende da intensidade do uso”, diz.

Quem tem depressão ou está carente corre o risco de trocar experiências da vida real por momentos na rede, onde é possível manipular a realidade. Carência afetiva pode levar a um excesso de exposição da intimidade — o que gera riscos inclusive na vida real.


Sinais de dependência

1) Você negligencia as tarefas domésticas para passar mais tempo online.

2) Seu namorado ou suas amigas se queixam da quantidade de tempo que você passa na internet.

3) Checar seus e-mails é a primeira coisa que você faz a cada dia.

4) Você tenta esconder quanto tempo está na internet.
5) Você opta por ficar online em vez de sair com outras pessoas.
6) Você se sente deprimida, mal-humorada ou nervosa quando está off-line e esse sentimento vai embora assim que você se conecta.


Como sair dessa

1) Estabeleça um número de horas de internet por dia ou um horário fixo para ficar no computador.

2) Evite trocar experiências da “vida real” por relacionamentos mediados pela internet. No telefone ou ao vivo, os interlocutores decidem juntos quando finalizar o papo. Na internet, manipula-se a realidade. Pode-se dizer que a conexão caiu para evitar uma pergunta difícil.

3) Se estiver carente ou triste, ligue para uma amiga e vá encontrá-la — é melhor do que colocar um anúncio no Facebook.

4) Procure ajuda. O trabalho do Grupo de Dependência de Internet é realizado sempre em turma — um requisito para que se respeite o compromisso de não ultrapassar certo número de horas online. Alguns casos recebem atenção individual. Mais informações no site http://www.dependenciadeinternet.com.br/


>> Cuidado com a internet
Num espaço de 140 caracteres, responde-se à pergunta “O que está acontecendo?” É a senha para pessoas postarem no Twitter de sacadas espirituosas a detalhes da vida sexual. Por que isso ocorre? “Pessoas que se sentem carentes, isoladas e sem sentido podem ser alguém na internet”, diz Cristiano Nabuco.

Para ele, a web deu uma nova dimensão ao conceito de intimidade. Além disso, a exposição dá vazão ao narcisismo exacerbado, típico das gerações atuais, em que sobra individualismo e a modéstia é sinônimo do autoboicote.

Tudo bem usar a internet para vender o peixe, mas algum limite não faz mal. Além do risco de golpistas se valerem de informações para finalidades perversas, detalhes postados podem contar pontos negativos na carreira.

Hoje, recrutadores costumam “dar um Google” com o nome do candidato a uma vaga. E é provável que suas chances mínguem se ele deparar com as fotos em que você está bêbada. Uma medida do exagero é colocar na rede fotos em trajes que você usaria em público — já que a internet é um deles. Aconselha-se também escrever coisas que possam ser lidas por colegas de trabalho. Lembre-se da máxima jurídica: tudo o que você disser pode e irá ser usado contra você.



Para ver artigo original, clique aqui.

27/02/2013

Vício em internet é um risco à saúde, alertam pesquisadores



Vício em internet é um risco à saúde, alertam pesquisadores


Estudo concluiu que o hábito está ligado à depressão, traços de autismo e variações de humor que podem ser semelhantes a crises de abstinência


Um artigo publicado neste mês no periódico PLoS One chama a atenção para os riscos à saúde apresentados pelo hábito de passar muitas horas na internet. Após avaliar 60 pessoas, entre elas alguns usuários assíduos da rede, pesquisadores britânicos concluíram que o vício em internet, assim como a dependência de drogas, está associado a alterações de humor, ao aumento do risco de depressão e a sinais de abstinência. E, além disso, o hábito pode até fazer com que um indivíduo apresente traços de autismo.

“A associação entre o vício em internet e depressão e humor instável já era conhecida e demonstra que as nossas descobertas estão de acordo com estudos anteriores. Porém, o fato de o vício em internet ter sido fortemente relacionado a traços de autismo é um achado novo, e pode ser de natureza semelhante a associações estabelecidas anteriormente entre isolamento social e esse tipo de dependência”, escreveram os autores no artigo.
Como as drogas — Ainda de acordo com a pesquisa, pessoas viciadas em internet são muito mais propensas a apresentar uma variação de humor negativa e um pior estado de espírito imediatamente após desligarem o computador do que indivíduos que usam a internet moderadamente. Segundo os autores, esse quadro é semelhante a sintomas de abstinência e reforça ainda mais que essas pessoas sofrem de dependência de internet. “Quando essas pessoas se veem off-line, elas passam a apresentar um humor muito mais negativo, assim como indivíduos que deixam de usar drogas ilegais, como o ecstasy”, disse Phil Reed, professor da Universidade de Swansea, na Grã-Bretanha, e coordenador do estudo.
“Esses resultados iniciais e pesquisas relacionadas à função cerebral sugerem que, na internet, há algumas surpresas desagradáveis para o bem-estar das pessoas”, disse Reed. Para os pesquisadores, a mensagem principal desse estudo é a de que algumas pessoas podem acabar tendo muitos problemas com o uso excessivo da internet, inclusive danos à saúde física e mental. Esses indivíduos, os autores escrevem, “talvez precisem de ajuda para entender as razões para o uso excesso da internet e qual é a função do hábito em suas vidas”.
Esse estudo foi feito com 60 pessoas, com uma idade média de 24 anos. Os pesquisadores analisaram o uso de internet, além de traços de humor, personalidade e sentimentos dos participantes. Os indivíduos foram orientados a responder um questionário sobre humor e ansiedade antes e depois de usarem a internet durante 15 minutos. Dos voluntários, 32 foram considerados "problemáticos" em relação ao uso da internet. Não foi encontrada relação entre vício em internet e sintomas de ansiedade.
Novo distúrbio — No artigo, os autores afirmam que o vício em internet tem sido cada vez mais debatido nos últimos dez anos. O problema vai, inclusive, ganhar mais atenção na quinta e mais nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, sigla em inglês), documento considerado por muitos médicos como a "bíblia da psiquiatria". No DSM-V, que deverá ser publicado integralmente em maio, esse tipo de dependência será classificado como uma condição digna de atenção de pesquisas futuras
Para ver o artigo citado no post, clique aqui.
Para ver o artigo original, retirado do site VEJA.ABRIL, clique aqui.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...