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05/03/2013

Folha: Viciado volta às ruas de São Paulo após um mês de internação


Viciado volta às ruas de São Paulo após um mês de internação


FABIANA CAMBRICOLI
DO "AGORA"

Eduardo Anizelli/Folhapress
Foto ilustrativa

Pouco mais de um mês após procurar ajuda no Cratod (centro de referência para dependentes químicos) e ser internado em um hospital do Estado, um jovem viciado em crack há sete anos teve alta e está desaparecido.

O rapaz, de 22 anos, foi encaminhado ao hospital psiquiátrico Pinel, em Pirituba (zona norte), em 24 de janeiro.

A mãe dele, a dona de casa Sonia Aparecida Klein, 48, foi uma das pessoas que procuram o centro de referência para pedir a internação de parentes naquela semana --a primeira do plantão judiciário montado pelo Estado para agilizar os encaminhamentos.

No última quinta-feira, ele foi liberado. Segundo Sonia, o hospital já havia tentado liberar o filho outras duas vezes, dizendo que ele já havia passado pela desintoxicação.
"Na primeira vez, o médico chegou a assinar a alta, mas meu filho disse que não tinha condições de sair, que sonhava que estava usando a droga e acordava com o gosto dela na boca", conta.

O jovem saiu e foi orientado a continuar o tratamento num Caps (Centro de Atenção Psicossocial), da prefeitura, onde havia sido tratado anteriormente, sem sucesso.

No dia seguinte à alta, o rapaz fugiu. "Meu filho não tinha condições de ter alta ainda. O hospital está dando alta para todo mundo em 15 dias, um mês, para poder abrir vagas", diz Sonia.

Ela passou os últimos dias à procura do filho. "Vi meu filho melhorar, engordar e agora ele voltou para esse mundo [das drogas]", diz.


PRECOCE
Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira a liberação do paciente pode ter sido precoce. "Se o paciente pediu para não ter alta, ele estava sinalizando que não estava preparado para voltar", diz.

A Secretaria da Saúde afirma que, após a desintoxicação, médicos concluíram que "o paciente já apresentava condições clínicas" continuar o tratamento no Caps.

De acordo com a pasta, o jovem "recebeu toda a assistência necessária para seu tratamento".



Para ver artigo da Folha de São Paulo, clique aqui.

E você leitor do Blog do Proad,  o que pensa sobre essa situação que está ocorrendo em São Paulo? Opine.  


02/03/2013

Em quase um mês, plantão judicial registra 17 internações involuntárias


Em quase um mês, plantão judicial registra 17 internações involuntárias

DANIEL RONCAGLIA (FOLHA)
DE SÃO PAULO

Após 25 dias de funcionamento, o plantão judicial para agilizar a internação de dependentes químicos registrou apenas 17 internações involuntárias e nenhum caso de internação compulsória, informou nesta terça-feira o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

O programa iniciado no dia 21 de janeiro acontece no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas do Estado), no bairro do Bom Retiro.

No lugar, além de funcionários ligados a área da saúde, há um juiz, um promotor e um integrante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para definir a necessidade de internação.

A internação compulsória está prevista na lei de psiquiatria. Para que ela ocorra é necessário que um médico assine um documento indicando que o usuário precisa ser internado, mesmo contra a vontade. A Justiça então decide se isso deve ou não ser feito.

Já a internação involuntária é entendida para os casos que contam com a vontade da família, mas não do dependente.

De acordo com Alckmin, o plantão judicial registrou 274 internações, sendo que 257 foram voluntárias.

O governo afirma que a procura no centro subiu de 30 consultas semanais para cerca de 60 diárias. "A demanda é muito grande. O Brasil infelizmente é o maior consumidor de crack do mundo", disse Alckmin, que participou hoje da entrega de 20 leitos para o tratamento de dependentes químicos.

O governo paulista diz contar com 910 leitos atualmente. Segundo Alckmin, a meta é entregar mais de 1.200 leitos até o final de seu governo.

Nesses 25 dias, Alckmin afirma que foram feitas mais de 10 mil orientações por telefones e 2.160 acolhimentos.

Para ver o link completo no site da Folha, clique aqui.

14/02/2013

O Jeitinho Brasileiro em São Paulo


Estado cria 'puxadinho' para agilizar triagem de viciados em SP

Para atender à demanda crescente de pessoas em busca de informações e tratamento para o crack, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) construiu uma espécie de "puxadinho" no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), na região central de São Paulo.


O objetivo é otimizar o atendimento, que chegava a demorar cinco horas, conforme mostrou reportagem da Folha no final do mês passado.

Desde o dia 21 de janeiro, quando o centro passou a abrigar um plantão com juiz, promotor e advogados para facilitar a internação à força de usuários de droga, foram feitos 1.203 atendimentos no local, uma média de 85 por dia útil de funcionamento.

Deste total, 189 pessoas foram internadas, sendo 90% delas voluntariamente, de acordo com os dados do governo. O restante foi de internações involuntárias -pedida por um familiar, contra a vontade do viciado.

O "puxadinho" é uma tenda colocada no pátio de entrada do Cratod, que servirá de local de acolhimento para os que chegam ao centro.

Uma equipe formada por médicos e assistentes sociais fará a primeira avaliação do caso. Só serão encaminhadas para o centro aquelas situações mais graves, que necessitarem de internação.

Casos de dependentes que não forem considerados graves pelos médicos serão encaminhados pela tenda a um Caps (Centro de Atenção Psicossocial), onde é feito atendimento ambulatorial. E pedidos não relacionados à saúde serão encaminhados para os serviços de atenção social.

"Temos uma reordenação. Muitas das demandas que passavam no plantão de saúde eram sociais", disse Rosangela Elias, coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Drogas.

Segundo ela, havia casos de pessoas que queriam sair da situação de rua ou em busca de benefícios sociais.

Na inauguração da tenda, que já funcionava como teste havia uma semana, o governador afirmou que a equipe do centro também ganhou um reforço: novos 21 psiquiatras e outros 5 clínicos gerais.

Alckmin disse ainda que foram feitos convênios para a criação de novos 185 leitos de internação no Estado.

Para ver esta reportagem no site da Folha, clique aqui.

Notas do Proad: 

Estamos vivenciando este momento político em que mudanças estão sendo realizadas, sendo que temos pessoas à favor e contra o que vem ocorrendo. 

E você se posiciona de que forma em relação a Internação compulsória. COMENTE!


VEJA TAMBÉM:

Especialistas da ONU e OMS criticam internação compulsória de viciados em Crack

Governo de SP tenta aumentar “na marra” número de leitos para internação compulsória


02/02/2013

Governo de SP tenta aumentar “na marra” número de leitos para internação compulsória


Governo de SP tenta aumentar “na marra” número de leitos para internação compulsória

Pacientes com problemas de saúde mental serão prejudicados com fechamento de ala em Centro de Atenção Integrada
Por Igor Carvalho
Retirado de Spressosp

O Centro de Atenção Integrada em Saúde Mental Doutor David Capistrano da Costa Filho (Caism-SP), da Água Funda, está sofrendo pressão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) para que funcionários de uma ala destinada a pessoas com problemas de saúde mental passem a cuidar exclusivamente de dependentes químicos oriundos das ações de internação compulsória. Documento obtido pelo SPressoSP comprova a orientação da diretoria da unidade e funcionários denunciam que a ordem teria vindo da secretaria.

Uma ala, que está sendo construída desde junho de 2012, será inaugurada em 7 de fevereiro, porém, não há funcionários contratados para trabalhar no novo setor, que está programado para receber dependentes químicos. A solução encontrada pela secretaria, em conjunto com a direção do Caism, foi fechar uma ala com 24 leitos que atende pacientes com problemas de saúde mental e transferir os funcionários para atender na nova ala. “A Secretaria está pressionando por novos leitos para a internação compulsória, caiu a diretora do Catrod [Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas] e a direção está com receio de novas demissões”, informou um funcionário da unidade, que pediu para ter a identidade preservada, citando a ex-diretora do Catrod, Marta Jezierski, demitida por discordar da internação compulsória de dependentes químicos.

O SPressoSP teve acesso a uma ata de reunião, ocorrida no dia 30 de janeiro, entre a direção do Caism e os funcionários, em que a orientação de fechamento da ala é explicitada pelo médico Amaury Henrique da Silva, assistente da direção do centro. Estava presente também diretora do Caism Claudia Farah Kotait Buchatsky, ambos assinam a ata.

De acordo com a ata, “Paulo (funcionário da unidade) solicita registrar na ata: ‘o que vai acontecer com a enfermaria NA (Núcleo de Agudos)’. Dr. Amaury informa que a enfermaria nova está praticamente pronta e estamos acionando a contratação de pessoas para iniciar as atividades. Devido à demanda da dependência química atual, o NA será destinado temporariamente ao atendimento deste tipo de paciente.”

Funcionários estão se colocando contra o fechamento do NA, a ala que atende pacientes com problemas de saúde mental, principalmente os servidores ligados ao Fórum Popular de Saúde, movimento que cresce dentro das unidades de saúde e que discute os modelos de gestão do setor.
Além de prejudicar pacientes com problemas de saúde mental que precisam de tratamento, os funcionários que serão deslocados não possuem treinamento específico para lidar com essa nova realidade.  “Esse situação do Caism, de apressar a inauguração, mostra como o governo não tem uma política para dependentes químicos. Estão fazendo improvisações, misturando dependência química e saúde mental. Demonstra como essa política de internação compulsória é muito mais higienização do que uma política de saúde”, explica o servidor.

A SES-SP, em resposta ao SPressoSP,  não desmente a informação da utilização de funcionários da saúde mental em outra área (dependentes químicos), porém, para a secretaria, as patologias podem ser tratadas de forma igual.  ”Sobre a denúncia de que a equipe da unidade não é preparada para atender dependentes químicos, a unidade esclarece que a política de atendimento a dependentes faz parte da área de saúde mental. Além disso, antes da implantação dos novos leitos, o Caism já contava com leitos destinados exclusivamente ao tratamento de dependentes químicos”.

Segundo a SES, 50 funcionários foram contratados para trabalhar na nova unidade, porém, a secretaria não explica por que utilizar servidores da ala de saúde mental no momento.

Histórico
Desde o dia 11 de janeiro, quando o governo do estado anunciou uma parceria com o Ministério Público (MP), a Organização dos Advogados do Brasil (OAB) e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), autorizando a internação compulsória ou involuntária, movimentos sociais e profissionais da saúde passaram a questionar a medida e, num momento seguinte, o número de leitos para receber esses dependentes, que seria insuficiente.
O Caism-SP disponibiliza quatro programas à população: Hospital Dia, que não exige internação, somente tratamento e acompanhamento do paciente; Moradia Protegida, lares abrigados, para pessoas com doenças crônicas que não tem retaguarda familiar; Núcleo de Comorbidade, para dependentes químicos com algum problema de saúde mental; e o Núcleo de Agudos e Reagudizados,que será fechado temporariamente e que atende pessoas com problemas crônicos de saúde mental.
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